outubro 2020 - Ciência e Engenharia de Materiais

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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Transformação do carvão em fibra de carbono

27 outubro

 



Resumo: Está sendo estudado a transformação do carvão em fibra de carbono com processos eficientes em termos de energia e custo-benefício. Este trabalho visa analisar a relação estrutura-propriedade entre o carvão e a fibra de carbono.



O Centro de Pesquisa de Energia Aplicada da Universidade de Kentucky (UK CAER) e o Laboratório Nacional de Oak Ridge do Departamento de Energia dos EUA (DOE e ORNL) estão se unindo em um projeto de US$ 10 milhões para transformar carvão em fibras e compósitos de carbono.


De acordo com o UK CAER, o projeto intitulado “C4WARD: Conversão de Carvão em Fibras e Compósitos de Carbono”, busca desenvolver a ciência necessária para criar processos com eficiência e custo benefício melhores em termos de energia, para a fabricação de fibras de carbono com propriedades ajustáveis. Está sendo estudado os desafios associados ao processamento do carvão, variedade da matéria-prima e escala de fabricação da fibra de carbono.


A universidade observa que, a pesquisa da transformação do carvão para ser usada como fibra de carbono mostra uma grande promessa para impactar positivamente a indústria de carvão dos Estados Unidos. Além disso, o mercado de fibras de carbono continua a crescer, impulsionado pelo aumento do uso em aplicações aeroespaciais e de defesa, bem como na redução do peso de automóveis. Existe também o crescimento de novas aplicações, como o isolamento térmico para edifícios e materiais para construção e infraestrutura. O mercado de fibras de carbono deve crescer a uma taxa de crescimento anual de 12% até 2024.


O Grupo de Tecnologia de Materiais da CAER liderará o pesquisa para converter uma variedade de matérias-primas de carvão em fibras e compostos de carbono. A CAER produzirá quantidades em escala de laboratório de fibra de carbono para estudar relações estrutura-propriedade entre o material de carvão e a fibra de carbono.


A ORNL usará sua experiência em química e computação de alto desempenho para correlacionar a estrutura molecular do carvão com sua processabilidade, identificando composições ideais para fabricar fibras de carbono com propriedades ajustáveis.


Além disso, CAER e ORNL também irão colaborar para desenvolver condições de processo para aumentar a produção de fibra na Carbon Fiber Technology Facility (CFTF) em ORNL. O CFTF fornece uma plataforma para identificar matérias-primas de alto potencial e baixo custo, incluindo têxteis, polímeros e precursores à base de hidrocarbonetos. Usando o CFTF, ORNL está desenvolvendo propriedades mecânicas ideais para material de fibra de carbono, com foco na propriedade de estrutura e otimização de processo.





Referência:

Grace Nehls. University of Kentucky, ORNL partner to turn coal into high-value carbon fiber. Composites World, Agosto de 2020.


Redação: Nathielle Harka - UNILA
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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Preparação de eletrocatalizadores com bactéria

19 outubro

 





Resumo: A fim de aumentar a eficiência da cinética em sistemas de conversão de energia, cientistas conseguiram isso desenvolvendo um eletrodo que, quando corroído por bactérias, se obteve alta eficiência.



As bactérias redutoras de sulfato (BSR) têm sido um tanto problemático para estruturas metálicas no mar, pois elas as corroem. Porém, a ciência aproveita essas bactérias para dar a elas outros usos, como redução de hidrocarbonetos do petróleo, limpeza de solos contaminados e basificação de águas ácidas de minas.


O desprendimento do oxigênio é de grande importância em vários sistemas de conversão de energia, incluindo baterias recarregáveis de metal-ar e dispositivos de eletrólise de água. No entanto, por causa da cinética lenta é necessário eletrocatalisadores altamente eficientes, como os nanocompósitos à base de metais nobres, que apresentam excelente atividade, mas por suas reservas limitadas e alto custo os fazem inviável.


Ao corroer o aço carbono, os BSRs produzem sulfetos de ferro e óxidos de ferro (hidroxi), que possuem potencial para o desprendimento de oxigênio, mas existem poucos estudos sobre a indução por corrosão de eletrodos de biofilme. Vendo isso, os cientistas se inspiraram no comportamento desses microrganismos para preparar compostos de Ni-Fe altamente ativos por corrosão na presença de BSR anaeróbico.


Os pesquisadores viram que o eletrodo que prepararam (Ni (Fe) OOH - FeSx), formado pela corrosão, tinha alta atividade para o desprendimento de oxigênio no eletrólito alcalino, e que com apenas 220 mV obtiveram a densidade de corrente de referência de 10 mA cm−2. De acordo com seus estudos, essa alta atividade vem do efeito sinérgico entre as espécies de oxihidróxido e sulfeto de ferro.


Este trabalho, ao incluir diferentes ramos da ciência, espera promover a multidisciplinaridade em projetos subsequentes.


A pesquisa está publicada na revista Nature.







Referência:

Yang, H., Gong, L., Wang, H. et al. Preparation of nickel-iron hydroxides by microorganism corrosion for efficient oxygen evolution, Nature Communications, 08 de outubro, 2020; DOI: 10.1038/s41467-020-18891-x


Redação: Dennis Gonzales - UNILA
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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Técnica de impressão 3D que reduz resíduos

05 outubro

  





Resumo: A impressão 3D facilita a fabricação de vários produtos, porém também tem suas limitações. Um grupo de pesquisadores desenvolveram uma técnica capaz de reduzir custos ao aumentar a eficiência do material a ser impresso.



Com a impressão 3D podemos desenhar um objeto em um computador e fabrica-lo com maior facilidade que outros métodos, mas ainda existem certos pontos negativos como os resíduos da fabricação que aumentam os custos, além de outros fatores.

Pesquisadores estudaram a fotocura, uma forma de impressão 3D, que permite a solidificação de um modelo 3D na interface de cura. Ele se tornou uma técnica promissora com uma variedade de aplicações. É mais eficaz do que outros processos, como para a construção de estruturas finas, uma vez que os outros processos têm baixa eficiência quando utilizado material úmido ou material líquido. Nas outras técnicas, a adesão, o resíduo de resina líquida no recipiente que contem a tinta e na superfície sólida curada limitam a construção em alta resolução e aumenta os custos, especialmente quando se usa resinas caras.

Inspirando-se na superfície natural da flor de lótus, o líquido na superfície pode reduzir muito a adesão interfacial no substrato, resultando no modo de contato esférico de uma gota. Pensando nisso, um grupo de cientistas tentou fazer estruturas 3D a partir de uma única gota de alta eficiência com o uso de material úmido e limpo. Isso se deve à propriedade de recuo da linha de contato trifásica (TCL) do cordão de resina.

De acordo com a teoria, há três interfaces envolvidas: a interface entre a resina líquida e a resina curada, a interface entre a resina curada e a interface de cura e a interface entre a resina líquida e a interface de cura, que devem atender a certos critérios de aderência entre eles para os quais os cientistas testaram a capacidade de impressão 3D de uma gota comercial flexível, verificando assim a relação entre as interfaces.

Eles mostraram que na técnica de impressão 3D de uma gota, a eficiência na utilização do material líquido e a força de desumidificação dependem do peso da gota, da área de projeção da fonte de UV e do padrão de projeção da fonte de UV. Portanto, com um tamanho de gota menor, pode se ter uma espessura menor aderida. Uma maior área de superfície da estrutura 3D produz mais resíduos e diminui a eficiência de uso. Mas isso aumenta ao variar o padrão de projeção UV de um formato redondo para um formato de ranhura em V, que influencia na morfologia da linha de contato e a distribuição 3D da resina líquida.

Portanto, essa nova técnica pode minimizar desperdícios e melhorar a eficiência, reduzindo custos. A impressão 3D de gota única será de grande importância para a fabricação sob demanda.

Esta pequisa está publicada na revista Nature.







Referência:

Zhang Yu, Dong Zichao, Li Chuxin, et al. Continuous 3D printing from one single droplet, Nature Communications, 17 de setiembre, 2020; DOI: 10.1038/s41467-020-18518-1


Redação: Dennis Gonzales - UNILA
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